Da Existência

Voas em aço
E o que encontras?
Uma ferida aberta na saudade
Um beijo rápido de adeus
A cólera dividida entre o amor e a realidade.

E na imensidão que invades
Divides olhares com a solidão dos pássaros, aqueles que voam.
E numa outra ideia de cidade
Algo a doar
A cada ser vivo que ultrapassa.

Na viagem da luz
As formas, relativas,
Emprestam à gravidade a capacidade da beleza
Aquilo que buscamos.

Cada coisa ocupa espaço
E cada espaço tem sua própria luz
Ou sua ausência.

Então, diriges ao raiar do sol
Onde encontras nada mais
Que horizontes infinitos
Inseridos na sagrada esfera.

Aquilo que habitamos.

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