Céu
Novidade é ter no peito uma alegria.
Uma canção desesperada,
Mil notas ecoando,
Como se fossem folhas. Caem.
Alguns pássaros em fios da rede elétrica de uma cidade antiga.
O fundo desse quadro o céu
Tão modesto.
Tão azul.
O céu.
Tão imenso.
Para as formigas,
Sempre ao fundo de nossas vidas.
MEIO DIA
É que seu sorriso tem o mundo
E o mundo é só fotografia.
Aqui na minha tela sonho mais do que devia,
E tenho medo do meu coração.
Quando fala,
Escuto.
Quando mata,
Anseio.
Nas horas do dia encontro-me demasiado perdido,
Onde o sol vive o meio enquanto minha cabeça ainda revira.
Ter os olhos atentos às paixões que ofuscam.
Os verbos que não ouso pensar.
Um plano de vôo,
O sonho do tamanho de um mar.
Uma cordilheira de nomes que não ouso tocar.
Uma mão,
Um pássaro.
Um punhal e uma estrada.
Um chão.
E um templo onde não ouso falar.
E o mundo é só fotografia.
Aqui na minha tela sonho mais do que devia,
E tenho medo do meu coração.
Quando fala,
Escuto.
Quando mata,
Anseio.
Nas horas do dia encontro-me demasiado perdido,
Onde o sol vive o meio enquanto minha cabeça ainda revira.
Ter os olhos atentos às paixões que ofuscam.
Os verbos que não ouso pensar.
Um plano de vôo,
O sonho do tamanho de um mar.
Uma cordilheira de nomes que não ouso tocar.
Uma mão,
Um pássaro.
Um punhal e uma estrada.
Um chão.
E um templo onde não ouso falar.
FIM
Teu perdão virá na forma de adeus.
Tem de vir.
Que venha com a força das tempestades.
Sem meias palavras.
Com sacrifício.
E da tua boca naturalmente o mal se abra.
Adentre meu jardim,
Mudando o que resta.
Crescendo entre as flores as ervas daninhas.
Entendo o que acaba
E aceito o começo.
O raiar do sol.
O peso da chuva.
O botão da flor.
O cheiro do inseto.
O canto da unha.
As curvas do corpo.
É a minha mente que traduz tudo de forma tão correta,
o meu corpo que sempre discorda com suas náuseas e vícios.
Como deixar de viver o passado se o que me atrai na vida é o presente?
Por vezes, falamos como se pudéssemos ser desligados do tempo.
Ah, lá vêm as florestas de nuvens.
Tem de vir.
Que venha com a força das tempestades.
Sem meias palavras.
Com sacrifício.
E da tua boca naturalmente o mal se abra.
Adentre meu jardim,
Mudando o que resta.
Crescendo entre as flores as ervas daninhas.
Entendo o que acaba
E aceito o começo.
O raiar do sol.
O peso da chuva.
O botão da flor.
O cheiro do inseto.
O canto da unha.
As curvas do corpo.
É a minha mente que traduz tudo de forma tão correta,
o meu corpo que sempre discorda com suas náuseas e vícios.
Como deixar de viver o passado se o que me atrai na vida é o presente?
Por vezes, falamos como se pudéssemos ser desligados do tempo.
Ah, lá vêm as florestas de nuvens.
Rebote
Cheiro de coisa errada.
Algo que acontece,
o hoje me atrapalha.
São espelhos que me fazem prosseguir.
Quando o chão é meu nada,
e a tua falta de silêncio
é o que mais me desagrada,
já me acostumei com todo mundo me dizendo onde ir.
Lá vem você mais uma vez gritar,
dizer que não compensa
abrir mão de tudo o que eu já quis.
Sem entender que a solução dos meu problemas
hoje é exatamente
não ter pra onde ir.
E bate,
bate,
se debate,
num rebote
me destrate
o mundo está bem no seu nariz.
E é muito justo acreditar que todo mundo,
pelo menos por um dia,
deveria ser feliz.
Quer mais um segredo?
Na noite que precede a batalha sinto tanto medo.
Mas minhas mãos tremem
Elas me fazem o favor de me deixar lutar!
É quando a dúvida do homem vai
alimentar outra tristeza e cai nas mãos dos que jamais olham pra trás
sem se importar com o que dizem todos os jornais
mas me disseram que você anda com medo de se machucar.
Algo que acontece,
o hoje me atrapalha.
São espelhos que me fazem prosseguir.
Quando o chão é meu nada,
e a tua falta de silêncio
é o que mais me desagrada,
já me acostumei com todo mundo me dizendo onde ir.
Lá vem você mais uma vez gritar,
dizer que não compensa
abrir mão de tudo o que eu já quis.
Sem entender que a solução dos meu problemas
hoje é exatamente
não ter pra onde ir.
E bate,
bate,
se debate,
num rebote
me destrate
o mundo está bem no seu nariz.
E é muito justo acreditar que todo mundo,
pelo menos por um dia,
deveria ser feliz.
Quer mais um segredo?
Na noite que precede a batalha sinto tanto medo.
Mas minhas mãos tremem
Elas me fazem o favor de me deixar lutar!
É quando a dúvida do homem vai
alimentar outra tristeza e cai nas mãos dos que jamais olham pra trás
sem se importar com o que dizem todos os jornais
mas me disseram que você anda com medo de se machucar.
Má e Tiba
Meu grande amor é certo
Pra você a porta sempre está aberta
Quando tudo gritar não.
Quando o céu tiver razão,
E a chuva desabar lhe dando o breu.
E o teu consolo são os braços que te apertam contra o meu,
Meu peito que desmancha em tua mão.
E por assim dizer:
Vou sendo mais você.
Tudo tenho para aprender
Nessa contramão que insisto em ver
Teus sinais são mais que um fim
E eu não sei mais se isso é bom ou se é ruim.
Tanto o mundo tem para nos dar
E a cidade: um grande mar
Nosso barco estampa um sim
E eu não sei mais
Pode alguém tirar você de mim?
Pra você a porta sempre está aberta
Quando tudo gritar não.
Quando o céu tiver razão,
E a chuva desabar lhe dando o breu.
E o teu consolo são os braços que te apertam contra o meu,
Meu peito que desmancha em tua mão.
E por assim dizer:
Vou sendo mais você.
Tudo tenho para aprender
Nessa contramão que insisto em ver
Teus sinais são mais que um fim
E eu não sei mais se isso é bom ou se é ruim.
Tanto o mundo tem para nos dar
E a cidade: um grande mar
Nosso barco estampa um sim
E eu não sei mais
Pode alguém tirar você de mim?
DIA
Quando pensamos dominar as rédeas
os fios que suspendem a vida
os ares invisíveis em suas cortinas
o tapete arrancado preserva a lágrima
Um gosto de trem e caminhão.
Chão...
Coração ao contrário razão.
Maldito o homem que fala tudo o que pensa.
Maldito o homem que cala tudo o que sente.
Há sempre tanto a aprender.
E o dia, professor,
termina na cama. Um sono profundo.Sonho.
Sinapse e R.E.M.
Pretendo ser mais amanhã
os fios que suspendem a vida
os ares invisíveis em suas cortinas
o tapete arrancado preserva a lágrima
Um gosto de trem e caminhão.
Chão...
Coração ao contrário razão.
Maldito o homem que fala tudo o que pensa.
Maldito o homem que cala tudo o que sente.
Há sempre tanto a aprender.
E o dia, professor,
termina na cama. Um sono profundo.Sonho.
Sinapse e R.E.M.
Pretendo ser mais amanhã
DE NOVO MÃE
Sujos,
Os pés em direção à rua.
Tristeza e fora de alcance o mundo.
Certa necessidade se desvela ao abraço
O grito no ouvido
A marca de mão de doce na tela da TV.
Dividem o mesmo sofá, sujos.
Pés, a direção das almofadas.
Sujos.
Dedos.
Paredes.
Escondida a caixa de remédio. Jogara fora a esperança.
As mãos, no ventre, imploram pelo fim do novo começo.
Sangue e lágrimas.
No re-nascimento tudo é sal e hemácia.
Os pés em direção à rua.
Tristeza e fora de alcance o mundo.
Certa necessidade se desvela ao abraço
O grito no ouvido
A marca de mão de doce na tela da TV.
Dividem o mesmo sofá, sujos.
Pés, a direção das almofadas.
Sujos.
Dedos.
Paredes.
Escondida a caixa de remédio. Jogara fora a esperança.
As mãos, no ventre, imploram pelo fim do novo começo.
Sangue e lágrimas.
No re-nascimento tudo é sal e hemácia.
E eu não queria dar tudo de uma vez,
mas foi só ouvir seu nome pro meu coração bater acelerado.
E eu que não quis amar,
me vi num talvez.
Num viés ouvi seu nome e meu coração bater descompassado.
Canto os astros pra você,
coloco os pés no chão.
E pra não te perder eu mudo a direção
e seguro a tua mão.
É que Saturno e seus anéis deram pra me encarar,
esses versos tão rasgados a me carregar
e uma ampulheta que virada marca o tempo da minha estrada
solidão.
Como as estrela que no céu explodem ao morrer
e se desmancham numa luz que todo mundo vê como um sinal,
eu sou apenas uma parte dessa história em construção.
Ah, pudera eu me encontrar aqui!
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