Enquanto por aí



Enquanto houver firmamento.
o espaço entre o céu e o chão
No homem habita o segredo:
a vida nas linhas da mão.

Em todos os cantos do mundo,
nos ecos das vozes de Deus,
a dúvida pede um segundo:
serão todos erros tão meus?

Enquanto faltar sentimento,
a paz dentro da compreensão.
As ruas nos dão seus lamentos
sufocados pela visão.

Em todos os verbos do mudo,
nas cores opacas sinais
o mar já não revela tudo,
serão todos homens iguais?

E se todo amor e saudade
sumir no centro desse vão.
No homem ainda mora verdade
sem culpa no sim ou no não.

Vou por aí,

procurar.

O que perdi,

encontrar.