DE NOVO MÃE

Sujos,
Os pés em direção à rua.

Tristeza e fora de alcance o mundo.

Certa necessidade se desvela ao abraço
O grito no ouvido
A marca de mão de doce na tela da TV.

Dividem o mesmo sofá, sujos.

Pés, a direção das almofadas.

Sujos.
Dedos.
Paredes.

Escondida a caixa de remédio. Jogara fora a esperança.

As mãos, no ventre, imploram pelo fim do novo começo.

Sangue e lágrimas.

No re-nascimento tudo é sal e hemácia.

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