TELHADOS

Em meio ao verde de plantações
Surgem vermelhos os telhados
Vermelho de barro
Vermelho terra
nó na garganta!

É como sangue de gente
De novo acreditar
Mudança desesperada
Veia larga
Pra tudo correr melhor.

Soltemos os gritos
Uma vez engasgados!

Limpemos os vagões
Os trilhos descarrilhados.

Choremos a dor
Filhos e filhas.

Pintemos o amor
Que agora é vermelho


Sangue
Fins de tarde
Telhados.

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