Despedida


Hoje o choro não é dor de saudade
Nem de osso quebrando
ou de um parente perdido.
Hoje o que choro é dor de não saber perdoar.
De guardar o rancor
Encerrado nos dentes
No olhar ferido
Na boca selada
Na mão que não se entrega.
Nos braços cruzados que te esperam partir.

A dor de me saber errada, lá no fundo,
Ao entregá-lo ao mundo.
Imaginar sua voz em outros ouvidos
E sentir seu coração longe do meu.
E se provar desse gosto amargo hoje me é indispensável
Espero que saibas que levo em meu peito um carinho
De momentos felizes guardados
Nas risadas abertas
E nas camas desmanchadas que levaram o nosso suor.

Que esse sorriso e calma transborde em outros corações
E que sua felicidade invada um mundo que ainda não te conhece!

Amo-te,
Mas deixo-te.
Adeus.

Um comentário:

­Gisele Silva disse...

Belas e sabias palavras... Muito triste, porém muito belo.

Parabéns